domingo, 5 de agosto de 2012



Hoje, dia 05 de Agosto de 2012 fazem 50 anos que a Diva Marilyn Monroe nos deixou.

Ao invés de publicar coisas tristes sobre a data eu decidi que publicaria aqui para vocês uma matéria da Revista Seleções, onde Tony Curtis escreveu em seu livro de memórias como conheceu e tudo que viveu com Marilyn Monroe antes e depois da fama.Dividirei a matéria em algumas partes para que não fique muito cansativo.

Tenho certeza que as fãs de Marilyn irão se emocionar muito :)



Marilyn e Eu - Por Tony Curtis e Peter Golenbock


Na véspera do meu aniversário de 23 anos, assinei um contrato com a Universal Studios.Havia opção de renovação a cada seis meses, a critério do estúdio.Meu salário inicial seria de 75 dólares por semana.

Primeiro comprei minha casa própria.Depois, comprei um Buick conversível de segunda mão, com transmissão Dynaflow.Paguei bem pouco por ele e logo descobri por quê.Um dia, levantei o tapete do lado do motorista e encontrei um buraco de ferrugem no piso.Dava para ver o asfalto lá em baixo, mas nem liguei.Eu tinha um carro.

Conheci um monte de atrizes contratadas pela Universal que eram lindas, simpáticas e nada tímidas para o sexo.Os produtores traziam garotas de suas cidades natais,faziam assinar contrato de seis meses e lhes davam pontas em filmes.Muitas delas tinham casos com executivos.A maioria era demitida e voltava para o lugar de onde viera.

Uma garota que veio de Hollywood tinha acabado de mudar seu nome para Marilyn Monroe.Eu a vi pela primeira vez andando na Universal.Sua beleza era de tirar o fôlego, mas havia algo nela que a fazia parecer acessível.Cumprimentei-a amistosamente.

- Ooooooi...- Ela sorriu.Eu sorri também. - Meu nome é Tony - falei.

-O meu é Marilyn - Ela disse.

- Vou à cidade quer carona para algum lugar?

Ela ficou me olhando um pouco.

- Está bem.

Fomos para meu carro e eu abri a porta para ela.Sentei-me ao volante, saí pelo portão da Universal e entrei na Hollywood Freeway, em direção à cidade.

Virei um pouco o retrovisor para poder ver um pedacinho do rosto de Marilyn, e a surpreendi olhando para mim pelo espelho.Ambos rimos.Ela era ruiva nessa época, e usava rabo de cavalo.Irradiava uma aura extraordinária de cordialidade, bondade e sexualidade.Eu jamais sentira nada igual.Ela estava usando um vestido de verão que me permitia ver suas formas.Sei que parece loucura, mas reparei que tinha braços lindos.

Entrei na Sunset Boulevard e perguntei a Marilyn onde queria que a deixasse.Ala falou o nome de uma rua e eu a levei para um hotelzinho no qual estava hospedada.O percurso levou talvez uns 25 minutos.

- Chegamos. - Eu disse. - Posso ligar para você?

- À vontade.

Ela escreveu o número e foi embora.Nos dias seguintes eu não conseguia pensar em outra coisa.Mas não me atrevi a telefonar.Era cedo de mais.Imaginei que uma garota como aquela deveria estar namorando sério.Posia até ser casada, sei lá, embora não usasse aliança.Uma semana depois finalmente telefonei.

- Gostaria de jantar comigo?

Ela disse que seria ótimo.Algumas noites depois fui buscá-la, e fomos a um restaurante na Sunset Strip.A comida era boa e nós conversávamos, não sobre nada sério.Rimos e nos divertimos bastante.Fomos dar uma volta pela Sunset, na direção de Beverly Hills, antes que eu a levasse para a casa.

No nosso encontro seguinte, fomos a um boate chamada Mocambo.Durante o percurso conversamos sobre cinema - as pessoas que conheci, meu contrato, minhas aulas de arte dramática.Ela não falou muito, mas ouviu com atenção.Falei um pouco de mim, mas ela não contou quase nada da própria vida.

Mais tarde eu soube que Marilyn tinha passado a infância de família adotiva em família adotiva até se casar aos 16 anos.O casamento terminara dois anos antes de nos conhecermos.Ela fora descoberta por um fotógrafo que a vira trabalhando numa fábrica de aviões.A Twentieth Century Fox a contratou, mas deixou o contrato expirar.No momento estava desempregada e à procura de uma nova chance.

Quando nós dois entramos na Mocambo, todos olharam.Mas tive a impressão de que Marilyn não estava muito à vontade sendo vista em público, como se não quisesse esbarrar com algum conhecido.O que eu não sabia era que Joe Schenck, direto da Twentieth Century Fox, que era casado, tinha uma casa em Los Angeles, onde de vez em quando Marilyn ficava com ele.A Twentieth Century Fox não a aproveitara , mas ele sim.Marilyn e eu nos sentamos um pouco conversamos, um provocando o outro.Eu estava me apaixonando por ela.E percebia que ela também gostava de mim.Foi muito especial tê-la conhecido antes que a fama e a loucura lhes arruinassem a vida.Eu não estava pensando em levá-la para a cama.Estava gostando de conhecê-la melhor e eram prazerosos os momentos divertidos que passava com ela. (Continua...)

2 comentários:

  1. Realmente, acredito que tudo que é lindo deva ser lembrado. Sabemos que ela sempre viveu a sobra de transtornos mentais, mas ao morrer tão jovem conservou sua beleza para sempre. Afinal, algumas estrelas depois de morta levam anos para ter seu brilho apagado,essa por exemplo já brilha há mais de 50 anos.

    Beijos, amei o blog e estou seguindo.

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    1. Obrigada pelo comentário flor.Também acho que seja muito importante relembrar tudo aquilo que foi lindo na vida de uma pessoa que infelizmente passou por tantas perturbações, Marilyn será eterna para nós fãs <3.Fico muito feliz que esteja gostando do blog, tudo isso é feito para você e para quem curte o estilo pin up, a moda, as celebridades e o estilo de vida vintage.Mais uma vez obrigada e boa leitura.Kisses ^^*

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